sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Nosso pobre e honesto finado

Não sou muito de escrever em português, mas vamos lá.
Não isso não é um poema. Eu não gosto de poesias.
Entendo elas, mas não fazem o meu tipo.

(Sorry about the post in portuguese, but Im too lazy to make a portuguese blog right now, will do later.)
Era uma vez um brasileiro que decidiu tentar algo diferente.
Ele ia tentar ser honesto de verdade, e bom de verdade.
Ele ia tentar mudar o seu país dando o exemplo.

Ao nascer ele:

brincou em dobro,

se divertiu em dobro,
emprestou dobrado
e teve seu brinquedo roubado.

Leu em dobro,

estudou em dobro,
ajudou os colegas em dobrado,
foi ultrapassado por quem havia colado.

Na adolescência ele

se apaixonou em dobro.
Amou em dobro.
Dedicou-se dobrado...
e foi chifrado.

E então ele cresceu, foi para a faculdade!

Empenhou-se em dobro.
Fez sua parte no grupo em dobro,
fez iniciação, inventou algo novo, se matou dobrado...
e teve todo o seu crédito roubado.

Desistiu da vida acadêmica, foi pro mercado.

Trabalhou em dobro,
levantou a empresa em dobro,
fez o trabalho de seus colegas preguiçosos dobrado...
quem foi promovido foi o filho do chefe safado.

Ao longo de toda a sua vida

nenhuma fila ele furou,
nenhum troco errado ele roubou,
nenhuma paixonite ele chifrou.
Disse isso pro assaltante!
Mas mesmo assim ele atirou.

Na UTI, antes de falecer, o médico o perguntou:

- Valeu a pena ser tão esforçado?
- Ser tão empenhado?
- Chegar ao fim da vida sem nenhum trocado,
para levar um tiro de um ex-detento?

- Se ao menos uma pessoa seguir meu exemplo,

faria de novo de muito bom grado.

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